Transformando vidas!
Fotos: Orlando Bento
O Minas Tênis Solidário, programa de responsabilidade socioambiental do Minas, completou três anos de atuação, desde sua reformulação, em 2017. Durante esse período, os voluntários têm desempenhado papel muito importante, doando seu tempo e habilidades e, além disso, contribuem com ideias e sugestões de inovação. Atualmente, o programa tem cerca de 200 voluntários inscritos e 53 instituições apoiadas, entre casas de acolhimento de crianças, adolescentes e idosos, escolas e hospitais, e também faz atendimento a pessoas em situação de rua e vulnerabilidade social.
De acordo com Denise Lobão, uma das gestoras do Minas Tênis Solidário, nesses três anos de atuação, o Programa tomou uma nova proporção, e o comprometimento de todos contribuiu para elevar a adesão às ações, que fi caram mais visíveis aos sócios e à comunidade em geral. “Nesses três anos, percebi a consolidação do Programa e o poder de transformar vidas que temos, através da nossa atuação. Quando iniciamos a reformulação do voluntariado, houve o apoio irrestrito da Diretoria, uma vez que o Programa passou a ser vinculado à Presidência do Clube. Esse apoio institucional foi o pontapé inicial para o crescimento do Minas Tênis Solidário. Por sugestão da Rosilene, que é uma das gestoras, foram enviadas cartas para os colaboradores do Clube e cada área se engajou, atuando como multiplicadores do Programa. As ações, que antes eram pontuais e pulverizadas entre os vários setores, foram unificadas pelo Minas Tênis Solidário, tendo mais força e visibilidade”, diz.
Denise Lobão, gestora do Minas Tênis Solidário comemora a consolidação do Programa, nos três anos de atuação
A gestora e voluntária destaca ainda o aumento considerável na quantidade de itens materiais arrecadados nas campanhas pontuais, como roupas e alimentos, e a diversificação das ações, incluindo o oferecimento de atividades físicas e de entretenimento. “Logo no início da reformulação, durante a Macarronada Solidária, além de participar da distribuição das marmitas com comida, levamos também algumas roupas arrecadadas nas nossas campanhas, e os atletas do Futsal, que participaram da ação conosco, jogaram uma partida de futebol ali, na praça, com os moradores em situação de rua e as pessoas que estavam recebendo os alimentos. Recentemente, as colaboradoras do Minas, Kariza Sales, Fernanda Queiroz e Érika Porto, gravaram vídeos com atividades de alongamento e enviaram para o Lar de Idosas Padre Leopoldo Mertens, para que as senhoras atendidas pela Instituição pudessem se exercitar e ter momentos de diversão. Nossa ideia é de estender essa iniciativa para outros lares acolhedores de idosos, em breve. É esse sentimento de alegria e a possibilidade de transformação que gostamos de levar e que queremos ressaltar. Afinal, o trabalho voluntário inclui muitos elementos além da questão assistencial”, afirma Denise Lobão.
Recadastramento
Depois de tantas campanhas e ações realizadas desde 2017, os gestores e líderes dos grupos viram a necessidade de revisitar o cadastro dos voluntários ativos e pedir que eles se manifestassem, enviando sugestões, elogios e críticas, permitindo, assim, que o Programa possa se renovar de tempos em tempos. Fábio Lima Jardim, que já era líder do Grupo Administrativo, foi convidado a integrar o Comitê Gestor e, desde fevereiro último, tem colocado suas habilidades como profissional da área de tecnologia a serviço do Programa. Todos os voluntários cadastrados receberam, por e-mail e WhatsApp, uma mensagem automatizada, com algumas perguntas que vão nortear os próximos passos das divisões de grupo e planejamentos de ações.

“A ideia da atualização do cadastro é verifi car aqueles que ainda estão disponíveis para atuar nas ações, os que querem migrar de grupo, os que desejam atuar futuramente, ou ainda, os que querem se desligar por completo. Atualmente, dos 211 voluntário cadastrados, 122 estão alocados em algum dos sete grupos. Além disso, deixamos em aberto um espaço para que os voluntários enviem sugestões, que serão avaliadas pelo Comitê Gestor e, se aprovadas, já serão elaboradas ações. A nossa intenção é terminar a atualização dos voluntários e, em seguida, atualizar o cadastro das instituições. Dessa forma, vamos catalogar as ações para estruturar melhor os atendimentos e fazê-los de forma mais direcionada”, explica Fábio Jardim.
Fábio Jardim está conduzindo o processo informatizado da atualização cadastral dos voluntários e instituições
O poder de transformar vidas
Além da arrecadação dos itens materiais, que são de suma importância ao atendimento das necessidades das instituições atendidas, o Programa Minas Tênis Solidário se importa com o impacto dessas atuações nas vidas das pessoas. Nas ações de entrega das doações ou nas visitas às instituições, existe a preocupação de oferecer um bem imaterial muito relevante, o amor. Desde abril de 2019, o Programa leva aos acompanhantes das crianças internadas na ala pediátrica do Hospital das Clínicas um alento, em forma de passatempo e aprendizado. É o Projeto Tricô com Amor, ofi cina em que mães, adolescentes e crianças aprendem a tricotar, sempre às segundas-feiras, à tarde, como forma de capacitação, integração e renda para as famílias. Todo o material usado é doado pelo Minas Tênis Solidário e, no Hospital das Clínicas, há uma sala com o estoque desse material, para que as mães possam utilizar durante as oficinas.
Regina Almeida é chefe da Unidade de Pediatria, Cirurgia e Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital das Clínicas e ressalta que as ações humanitárias desenvolvidas antes pelo hospital eram direcionadas aos pacientes internados e, que, a iniciativa do Minas de voltar o olhar para a mãe ou acompanhante foi fundamental. “Algumas mães permanecem por muito tempo com seus filhos internados. Então, para elas é excelente ocupar a mente com a realização da atividade. Era uma demanda da Unidade de Pediatria, que tivesse alguma ação voltada para o acompanhante e a proposta do Minas foi muito importante, para ajudar a controlar o nível de estresse dessas pessoas que estão passando por momentos tão delicados. Infelizmente, devido à pandemia, nenhuma atividade humanitária está podendo ser realizada e todos nós temos sentido falta da realização das oficinas. Não conseguimos mais imaginar a realidade do hospital sem a realização do Tricô com Amor, de tão bom que é”, elogia Regina.
Regina Almeida, chefe da Unidade de Pediatria, Cirurgia e Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital das Clínicas
E se para as acompanhantes dos pacientes a saudade dos encontros durante as oficinas é grande, imagine para as voluntárias, que se doam de corpo e alma para essa empreitada? Sandra Bento é uma das primeiras voluntárias que se disponibilizaram a compartilhar a habilidade do tricô. Ela levou alguns materiais necessários à atividade como doação para a coordenação do Minas Tênis Solidário e logo recebeu o convite para ensinar a outras pessoas. “Eu achei maravilhosa essa oportunidade, porque para nós, voluntários, é muito gratificante disponibilizar nossas habilidades e conhecimentos para outras pessoas e ter a oportunidade de perceber o impacto positivo que a nossa atuação provoca nelas. É muito gostoso fazer parte desse Projeto e eu sempre saio de lá, no fim da oficina, pensando o que mais eu posso levar para a próxima semana. Então, é motivador para mim também! Nesse período de pandemia, não estamos podendo ir lá e sentimos muitas saudades. Os gestores do Programa Minas Tênis Solidário autorizaram, então, que as mães que já estão com mais prática, pudessem pegar alguns materiais, para produzir sapatinhos, cachecóis, panos de prato e outros itens, ocupando assim o tempo delas”, relata Sandra.
Sandra Bento e as acompanhantes dos pacientes do Hospital das Clínicas durante a realização da oficina do Projeto Tricô com Amor