Fazer o bem àqueles que estão perto de mim. Essa frase simples e, ao mesmo tempo, com tanto significado vem martelando na cabeça das pessoas que se predispõe ao trabalho voluntário. O ano de 2020 trouxe várias situações em que o exercício da solidariedade se fez necessário, para ajudar as pessoas que estão mais vulneráveis. Em janeiro e fevereiro, algumas cidades de Minas Gerais foram atingidas pelas fortes chuvas, que castigaram o estado e deixaram famílias desabrigadas. Muitos perderam o pouco que tinham, além de ficarem impedidos de entrar em suas casas, para evitar mais tragédias. Além disso, desde meados de março, o problema tem sido o isolamento social imposto pela pandemia de covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, que gerou uma crise sanitária mundial sem precedentes, com impactos também na saúde e na economia. As pessoas estão perdendo seus empregos, trabalhadores autônomos ficando sem seu ganha pão e muitos pequenos empresários não vêem outra saída, senão fechar seus estabelecimentos.
Fazendo a diferença
Diante dessa realidade, aqueles que já estavam em situação de vulnerabilidade, principalmente econômica, foram ainda mais afetados e dependem da solidariedade de parentes, amigos e de pessoas engajadas em projetos sociais. Milhares de indivíduos se mobilizaram em todo o país, para ajudar como podem, arrecadando alimentos, roupas, produtos de higiene pessoal e de limpeza, além de itens de proteção individual, indicados para conter a disseminação do novo coronavírus. São tantas as formas de manifestar a nossa disponibilidade, que vem à tona uma pergunta intrigante: isso é ser voluntário?
De acordo com a psicóloga Gláucia Tavares, a partir do momento em que nos colocamos à disposição para ouvir o problema do outro e fazer aquilo que está ao nosso alcance para contribuir com as outras pessoas, estamos, sim, nos voluntariando. “O trabalho voluntário está nas atitudes simples, como oferecer um copo d’água num momento de tensão. Lavar a louça na casa de uma pessoa que está debilitada. Nessas pequenas ações você já está se colocando a postos, manifestando o seu desejo de fazer com que aquela pessoa se sinta grata pela sua contribuição”, explica.
Mas o que seria, na rotina de uma pessoa comum, que trabalha, estuda, cuida dos filhos e da família, se disponibilizar ao voluntariado? “Vale pensar que se voluntariar é se colocar a serviço, seja no convívio familiar, ou em alguma instituição, fazendo com que a vida daquelas pessoas seja impactada pela sua intervenção. A proposta de ser voluntário é principalmente pensar no bem comum e em como eu posso colaborar para fazer a diferença na vida dessa pessoa”, afirma Gláucia.
Porém, de acordo com a psicóloga, é necessário avaliar bem a maneira que essa intervenção será feita, pois, algumas pessoas ainda encaram essa disponibilidade para o serviço voluntário como necessidade de reconhecimento, ou pior, consideram a abordagem invasiva demais. O importante é sempre se colocar presente e acessível às situações.
Compromisso assumido
Gláucia Tavares ressalta que o trabalho é voluntário, mas que mesmo sem receber nada em troca, existe o compromisso com as pessoas atendidas. “Não é o tempo que te sobra, ou quando eu puder fazer. A partir do momento que eu me empenho com uma atividade, tenho que dedicar o meu tempo, minha energia e minhas aptidões para atender às necessidades daqueles com quem eu me envolvi. Por isso, é necessário avaliar: Qual é a minha disponibilidade? O que eu estou disposta a oferecer?”, pontua a psicóloga, acrescentado que com o tempo, o voluntário consegue ter a capacidade de avaliar um ambiente ou situação do seu entorno e enxergar qual benefício a sua intervenção pode trazer.
Nesses últimos meses, o ato de se disponibilizar para ajudar o próximo tem sido cada vez mais importante. Qualquer ajuda faz toda a diferença para as pessoas agraciadas com doações, ou com um pouco de atenção, mesmo que à distância, com o auxílio da tecnologia. De acordo com a especialista é importante manter contato com as pessoas mais idosas ou aqueles que estão hospitalizados, para transmitir boas energias e demonstrar o nosso carinho. “A melhor doação é aquela que vem do coração e que leva, principalmente, o amor ao outro”, ressalta Gláucia Tavares.
Desenvolver a sensibilidade de se colocar sempre a serviço do próximo é um jogo em que todos ganham. As pessoas atendidas são beneficiadas com o carinho e atenção recebidos e os voluntários são tomados por um sentimento maravilhoso de gratidão. Conseguir enxergar e se dar conta da maravilha que é se colocar a serviço do próximo. Agradecer por ter tido oportunidades diferentes, que proporcionaram essa possibilidade de ajudar o outro. Esse é o grande barato do voluntariado!
E então? O que você pode fazer pelo seu próximo hoje?
Minas Tênis Solidário
O Minas oferece aos seus associados e colaboradores a oportunidade de fazer o bem, ajudando o próximo, por meio do Minas Tênis Solidário, programa de responsabilidade socioambiental do Clube. Os objetivos do programa são promover momentos de acolhimento e entretenimento e oferecer melhores condições de vida às pessoas atendidas. Várias instituições estão cadastradas no Programa, incluindo creches, escolas públicas, lares de idosos, casas de acolhimento institucional de crianças e adolescentes, hospitais e pessoas em situação de rua.
Destaca-se que o Programa Minas Tênis Solidário é mantido pelas doações e não recebe verba do orçamento do Clube. O apoio dos voluntários é primordial para atuar no planejamento e execução das ações, com propostas assistenciais e transformativas.
Para participar do Programa Minas Tênis Solidário, entre em contato pelo telefone 3516-2090 ou pelo e-mail ana.sales@minastc.com.br