Mariana Silva está pronta para o desafio deste sábado (Foto: Orlando Bento / Minas Tênis Clube)
“Eu era a nona colocada do ranking mundial, titular da seleção brasileira, postulante à vaga para Tóquio 2020. De repente, tudo desabou por causa da lesão”. Foi assim que Mariana Silva (63kg) descreveu um dos momentos mais difíceis da carreira. Há dois anos, em um Treinamento de Campo, no Japão, com a seleção brasileira, a judoca sofreu uma lesão no ligamento cruzado do anterior (LCA). Depois de cirurgia e longo processo de reabilitação, teve outra lesão de LCA no mesmo joelho. Após nova intervenção cirúrgica, fisioterapia, preparação física e muitos treinos, Mariana Silva, enfim, está pronta para retornar às lutas.
O primeiro desafio será neste sábado (15/6), em Quito, no Equador, quando Mariana irá pisar na área de combates do Panamerican Open. Segundo a minastenista, preparação foi não foi feita apenas pensando na competição no país sul-americano. “A minha preparação foi por inteiro, tive que começar do zero. Foi preciso reabilitar a perna, ganhar amplitude, flexão, extensão, força. Depois, tive que me adaptar novamente ao treino de judô. Algumas pessoas pensam que judô é igual a andar de bicicleta, mas não é bem assim. Tem o tempo de golpe, o gás que você precisa treinar, vários aspectos. A minha preparação não foi especificamente para essa competição, mas para voltar aos tatames”.
Plenamente recuperada, Mariana já sabe muito bem quais são os objetivos para os próximos meses. O sonho da atleta, que representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres 2012 e Rio 2016, é disputar as próximas Olimpíadas na terra do judô. “Estou há dois anos fora de competições, e o Minas sempre esteve à minha disposição. Sou muito grata a todos que me ajudaram. Minha equipe de treino, minha família, Deus, meu marido. Todas as pessoas que caminham ao meu lado. Quero voltar a lutar em nível olímpico e realmente dar resultado nas competições, porque eu preciso de pontos para ir para a Olimpíada. Desejo ganhar ritmo de competição, conquistar medalhas em campeonatos internacionais e, no fim, conquistar a vaga olímpica. Mesmo lesionada, sempre estive com minha cabeça em Tóquio 2020. Isso me ajudou a manter o foco e conseguir voltar às competições”, conclui.
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