A edição 2022 do Sarau Minas Tênis Clube começa com o show do Coletivo Margem cantando a obra de Djavan. Formado por Gui Ventura, Raphael Sales, Cassiano Luiz e Gouveia, o coletivo, que iniciou os trabalhos em 2018, é o encontro de quatro compositores que tinham admiração mútua por seus trabalhos. Em comum, além do amor pela música, a semelhança: todos são artistas, negros, de periferia, oriundos da mesma classe socioeconômica. O show terá a apresentação da jornalista e atriz Christiane Antunã. No dia 3/10, segunda-feira, às 20h, os ingressos custam R$ 5 (inteira) e R$ 2,50 (meia) e podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro ou no site eventim. A classificação é livre.
O Coletivo Margem quebra a ideia que visa limitar a produção artística da periferia, embora não seja um grupo que se define como pagode, funk, samba, reggae ou RAP, esses gêneros somados a tantas outras referências são determinantes para o resultado final do trabalho. O Coletivo Margem, desde a sua formação, tem se apresentado em espaços diversos, dentro e fora da margem. Show ao vivo no Estúdio Vivo na Rádio Inconfidência, Festival do MST, Mostra Colabhorassom, Programa “Versos e preces” da TV Horizonte, além de espaços alternativos da cidade. O Coletivo não se atém apenas ao estereótipo imposto ao músico periférico, mas sim quebra essa ideia que visa limitar a produção artística da periferia. Mesmo com uma curta trajetória, a margem, de forma individual, tem uma longa estrada percorrida.
A escolha por Djavan se deu pela identificação e admiração. “Djavan é um artista muito completo, na nossa percepção. Ele é um grande letrista, grande cantor, um grande compositor, um grande arranjador e é bonito, né?”, diz Raphael Sales. Gui Ventura completa dizendo o que assemelha o Coletivo Margem do Djavan. “É um farol para gente. A Margem, que é um encontro de diversos artistas que têm muitos pontos em comuns, o fato de sermos artistas, pretos, periféricos da mpb, o Djavan se torna uma grande referência pra gente”, observa. A popularidade de Djavan também contou na escolha, Cassiano Luiz atesta que “é muito bonito ver a sofisticação ele tem nos quesitos melódicos, em textos e harmônicos, qualquer lugar que você vai no Brasil, qualquer faixa etária, de independentes nichos e relações econômicas, a pessoa vai conhecer alguma coisa da obra do Djavan”, afirma. Gouveia aponta ainda a beleza do violão tocado por Djavan. “A complexidade rítmica acrescenta ainda mais camadas de subjetividade e de significados na obra dele. É impressionante como se consegue identificar a pessoa que é influenciada pelo Djavan”, atesta.
A obra do homenageado será apresentada com arranjos diferenciados. “Nós fizemos uma opção de tentar provar que o Djavan é tão extremamente popular que vamos fazer arranjos eletrônicos. Vamos fazer uma música muito pop”, revela Raphael.
No show, o Coletivo Margem vai cantar três canções autorais que dialogam com a obra do homenageado. “A Margem parte do encontro de quatro compositores e cantores que tem a carreira individual, mas que decidiu fazer o exercício de compor coletivamente. Então, as canções têm cara de cada um de nós, têm uma grande versatilidade por ser composta coletivamente, por pessoas de pontos diferentes da cidade e de olhares distintos”, aponta Cassiano Luiz.
Sobre o Sarau MTC
O Sarau Minas Tênis Clube é o edital de ocupação do Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas voltado para cantores intérpretes da música popular brasileira. Com inscrições gratuitas, o edital contempla, há seis edições, artistas de Belo Horizonte e região metropolitana com shows e prêmios que os colocam no cenário cultural da capital.
Até hoje, foram realizados 16 shows com artistas como Luiza Lara cantando Chico Buarque, Chris Mulato cantando Jorge Ben Jor, Rayana Toledo e Fita Amarela cantando Noel Rosa, Karyna Marçal e Pé de Amora (duo formado por Bruno Oliveira e Nath Rodrigues) cantando Roque Ferreira, Livia Itaborahy cantando Ivan Lins, Octávio Cardozzo cantando Maria Bethânia, Maíra Manga cantando Sérgio Santos, Faca Amolada cantando Alceu Valença. Bia Nogueira e A Carta cantando Leci Brandão, Cliver Honorato cantando Caetano Veloso, Tutu com Tacacá cantando Dona Onete, Manu Dias cantando Beth Carvalho, Bárbara Barcellos cantando Milton Nascimento, Flaviane Orlando cantando Elza Soares, Diplomattas cantando Cassiano e Glaw Nader cantando Baden Powell, e na pandemia, em 2020, foi realizada uma série de entrevistas, disponibilizadas no canal oficial do Minas Tênis Clube no YouTube com Mônica Salmaso, Sérgio Pererê e Fabiana Cozza.
Além do show no Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas, com todo rider técnico do espaço à disposição, os artistas ganham a gravação dos shows em vídeo e áudio multipista, fotos de estúdio e do show, assessoria de imprensa, produção de material de divulgação pela equipe de design do Minas Tênis Clube e um cachê.
Sarau Minas Tênis Clube – Coletivo Margem canta Djavan
Data: 3 de outubroo de 2022, segunda-feira
Horário: 20h
Classificação: livre
Ingressos: R$ 5 (inteira) e R$ 2,50 (meia).
Horário de funcionamento da bilheteria: todos os dias, das 12h às 20h. A bilheteria funciona até 30 minutos depois do início do espetáculo. Formas de pagamento: dinheiro e todos os cartões de débito e crédito.
Horário de abertura da plateia para entrada do público: 30 minutos antes do horário da apresentação.
Mais informações: (31) 3516-1360.
Estacionamento com acesso interno: entrada pela rua da Bahia, ao lado do Teatro. Após estacionar o veículo, o usuário chega ao Teatro por elevador interno, com rapidez e segurança. O Estacionamento fica aberto até meia hora após o fim do espetáculo.
Siga as redes sociais oficiais da Cultura do Minas:
Facebook: /mtccultura
Instagram: @mtccultura
