Um seminário Bossa Nova apresenta, no seu terceiro encontro, um bate-papo com a cantora Claudette Soares e Daniel Saraiva, pesquisador e biógrafo de Nara Leão (1942 – 19889) . O tema da conversa será “A Bossa Nova em Sampa+ Reverenciando Nara Leão”. Na conversa, histórias da bossa, na memória de Claudette e mais sobre Nara Leão, dona do apartamento, localizado em Copacabana, em que a Bossa Nova ecoou seus primeiros acordes. A série de bate-papos faz parte do projeto “Pacífico: Memória e Modernidade”, que celebra a trajetória do artista mineiro, considerado o precursor da Bossa Nova em Minas Gerais. Nesta quarta-feira, dia 16, às 19h. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site da Sympla. Classificação: livre.
Claudette Soares começou sua carreira muito cedo, nos anos 1940, quando foi reveleda no programa “A raia miúda”, de Renato Murce, na Rádio Nacional. Na Rádio Tupi participou do programa “Salve o Baião!”, conhecendo Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, que deu a ela o apelido de Princesinha do baião. Foi no fim da década de 1950, que Silvinha Telles chamou Claudette para substituí-la num show na boate Plaza, no Rio de Janeiro, lá a cantora dividiu o palco com Luiz Eça, João Donato, Baden Powell e Milton Banana e outros músicos. Nos anos 1960, começou a divulgar o repertório da bossa nova em casas noturnas de São Paulo, como Baiúca, Cambridge e Juão Sebastião Bar, inaugurando a boate Ela, Cravo e Canela, com o espetáculo ‘Um show de show’, no qual se apresentou com o pianista Pedrinho Mattar. Pode-se dizer que Claudette foi quem levou a bossa para a terra da garoa.
Daniel Saraiva é historiador, mestre em História pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) e doutorando em História pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), onde desenvolve pesquisa sobre a música nordestina nos anos 1970 e 1980. Em 2018, o pesquisador lançou a biografia “Nara Leão: Trajetória, engajamento e movimentos musicais”, pela editora Letra e Voz. A publicação apresenta depoimentos de jornalistas, críticos e colegas de profissão. Provocando narrativas de artistas, parceiros, amigos e familiares de Nara, é evidenciada a complexidade de sua personagem e seu significado para a música e a cultura brasileiras. Deste trabalho denso e fundamentado, Nara Leão emerge como a artista que realmente foi: ousada, coerente e fortemente comprometida com as questões de seu tempo.
“Pacífico: Memória e Modernidade”
Com objetivo de promover o acesso à cultura nacional por meio de um ícone mineiro, o Minas Tênis Clube apresenta o projeto – “Pacífico: Memória e Modernidade”, que celebra a trajetória do compositor Pacífico Mascarenhas, considerado o precursor da Bossa Nova em Minas Gerais. No dia 27 de outubro, Pacífico Mascarenhas será eternizado por meio de uma escultura de bronze, feita por Leo Santana, que ficará instalada na entrada do Centro Cultural Minas Tênis Clube (CCMTC). A cerimônia de inauguração da escultura será realizada às 10h.
Viabilizada por meio de recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura e patrocinada pela Auto Japan, Banco BMG, Localiza e Minas Máquinas, a escultura de Pacífico Mascarenhas aguçará a curiosidade dos passantes da rua da Bahia e contribuirá para a difusão de sua obra, que soma mais de 60 anos de história e muitas composições e discos. “Essa homenagem é a coisa mais importante da minha vida. Estou muito orgulhoso e honrado”, diz emocionado o compositor mineiro de 84 anos.

Serviço
Um Seminário Bossa Nova
16/10 – Claudette Soares e Daniel Saraiva – A Bossa Nova em Sampa + Reverenciando Nara Leão
Local: Café do Centro Cultural Minas Tênis Clube.
Horário: 19h.
Inscrições: sympla.com.br