Letras de Lúcio Cardoso
O escritor Lúcio Cardoso foi o focalizado da sessão do “Letra em Cena. Como ler…”, programa literário do Minas Tênis Clube, em setembro. Analisado por Jacyntho Lins Brandão, professor da Faculdade de Letras da UFMG, Lúcio Cardoso teve sua obra-prima, “Crônica da casa assassinada”. lida de forma diferente, deixando claro a questão do suspense da obra. O ator Odilon Esteves leu um capítulo completo do livro. A próxima edição do ‘Letra em Cena. Como ler…’ será dedicado à obra de Érico Veríssimo, no dia 8 de outubro, às 19h, no Café do CCMTC. As inscrições podem ser feitas no site da Sympla.
Jacyntho explicou que o que Lúcio tinha de mais interessante era “transformar uma história normal e comum, em algo surpreendente e magnifico”, disse. O autor entendia que por meio da literatura “era possível experimentar o mundo pelos olhos dos outros. E no caso das letras de Lúcio, vai até o máximo do humano”, explicou o palestrante.
Mineiro de Curvelo, nem todas as histórias de Lúcio se passam em Minas. “Mesmo ele tendo deixado Minas e ido para o Rio de Janeiro, ele considerava a sua literatura totalmente ligada a Minas Gerais”, afirmou o professor.
Como artista plástico, Lúcio Cardoso expôs seus trabalhos, no Rio de Janeiro, São Paulo e no Automóvel Clube, em Belo Horizonte. “Finalmente, é preciso lembrar que, tendo sofrido, em 1962, um derrame cerebral, deixou de escrever, mas começou a pintar, tendo chegado fazer uma exposição de seus quadros, que hoje se encontram, na maior parte, em coleções privadas’, contou.