A artista Lotus Lobo lançou o catálogo da exposição Litografia, no dia 12 de janeiro, no café do Centro Cultural do Minas Tênis Clube. O evento foi aberto ao público e acompanhado de um bate papo entre a artista, Márcio Sampaio, crítico de arte e professor, e do artista e designer Marcelo Drummond, que assina o projeto gráfico da publicação e a curadoria da exposição – aberta até o dia 2 de fevereiro, na Galeria do CCMTC. Lotus assinou e carimbou os catálogos do público presente, que lotou o quinto andar do Centro de Facilidades do Minas I.
Na conversa, Márcio destacou o contexto história da produção de Lotus, o encontro da artista com a litografia, a presença da gravura nos anos 60, a qualidade e representatividade de Guignard e a tentativa de ruptura dessa “subserviência” no trabalho dos, então, jovens artistas. Marcelo Drummond falou sobre a importância de se olhar para o acervo de Lotus- que hoje permanece na casa da artista – sobre a concepção/montagem de “Litografia” e o conceito que uniu e transpôs a produção litográfica comercial e litografia autoral de Lotus. Alguns trabalhos foram criados para a exposição pela artista no espaço da galeria do Minas, durante a montagem da mostra.
Lotus, por sua vez, reforçou que a exposição permitiu com que ela tivesse um novo olhar sobre a própria produção. “Eu quero agradecer ao Minas Tênis Clube a oportunidade dessa galeria, que nos ofereceu muito conforto, muita base para esse trabalho acontecer aqui dentro, um mês antes de abrir a exposição”, apontou a artista, que acrescentou informações importantes sobre o seu trabalho no bate-papo: “Eu acho que os anos, e esse acontecimento agora da exposição, me trouxeram uma visão mais ampliada ainda do que se poderia fazer. Eu consegui unir essa ideia do desenho industrial e dessas marcas que eu venho me apropriando há mais de 50 anos, com o meu trabalho”, concluiu.